O herpes labial é uma doença viral recorrente, geralmente benigna, causada pelos vírus Herpes simplex 1 e 2, que afecta principalmente a mucosa da boca, mas pode causar graves complicações neurológicas.
A infecção por herpes simples 1 normalmente é oral e produz gengivomastite (inflamação das gengivas). O vírus invade os terminais dos neurónios dos nervos sensitivos, infectando latentemente os seus corpos celulares no gânglio nervoso trigeminal (junto ao cérebro). Quando o sistema imunitário elimina o vírus das mucosas, não consegue detectar o vírus quiscente dos neurônios, que volta a activar-se em períodos de debilidade, como stress, trauma, imunosupressão ou outras infecções, migrando pelo caminho inverso para a mucosa, e dando origem a novo episódio de herpes oral com exantemas e vesículas dolorosas.
Não há vacina nem tratamento definitivo, apesar de alguns fármacos, especialmente acicloguanosinas como o aciclovir, poderem reduzir os sintomas e o perigo de complicações como encefalite.
É possível reduzir a transmissão evitando o contacto directo com outros ou com objectos usados por outros (copos, bocais de instrumentos de sopro) quando o herpes labial está activo. Mesmo assim o risco de transmissão é reduzido mas não inexistente.
O herpes labial é assim, se convenientemente acompanhado, uma doença que não deve causar preocupação, mas com a qual se tem de aprender a viver. O que nunca se deve em caso algum é admitir que seja candidato à Câmara de Lisboa.
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