quarta-feira, 5 de novembro de 2008
EM DEFESA DA POLIGAMIA:
Estranharão alguns, mais atentos, ver o meu nome no nem tanto ao mar. A justificação é simples: limito-me a aproveitar as novas regras que a esquerda gentilmente me oferece. Eu explico.
Uma vez que até a violação dos deveres do casamento é livre, na era sócrato-bloquista, de muito pouco valem os deveres de fidelidade, coabitação, cooperação, assistência, etc.. Se o que importa são apenas os afectos, se o que vale são só os afectos e o resto não interessa então que de afectos se trate.
Assim, e dado que a lei o permite ou incentiva em situações bem mais importantes, faço funcionar na blogosfera a teoria dos afectos no casamento.
Tenho imensos e enormes afectos pela tripulação do Mar Salgado. Antigos, de 25, 30 anos, num dos casos de 35. Históricos mas sempre muito actuais. Formamos um daqueles casais de velhos (de 'idosos', para os leitores mais novos perceberem o que escrevo) que conseguem passar o dia juntos, sem dizer palavra, sabendo perfeitamente cada um o que o outro está a pensar. Sobre cada assunto, sobre cada tema, cada um de nós sabe exactamente (e por antecipação) aquilo que o outro vai escrever. Se os nossos textos não estivessem assinados, cada um de nós conheceria na perfeição a autoria do escrito. Afectos históricos, antigos, actuais e deliciosos.
Mas fizeram-me olhinhos e eu perco-me por carinhos. Afectos mais recentes (um nem tanto, diria antes que repescado), mas daqueles a quem muito dificilmente se diz não, fizeram-me a corte. E dado que, actualmente, nem no casamento a violação daqueles deveres de fidelidade e assistência tem algum interesse ou importância; e uma vez que no Mar Salgado, tripulação de liberais independentes, o casamento nem é bem de papel passado mas antes uma união de facto, coloquei-me, e a eles, muito modernamente, a questão da facadinha, da traição, da infidelidade permanente. Poderia eu assumir dois casamentos? Duas uniões de facto, que fosse? Ter duas casas? Pertencer a ambas? Coabitando ambas? Cooperando com ambas? Com conhecimento e consentimento de ambas? - Claro que sim, responderam todos. O que importa agora são os afectos. É tudo muito moderno, somos todos amigos, conjugação de afectos.
E assim tornei-me alegremente, com o conhecimento e apoio das duas famílias, um bígamo. Tenho duas casas, assumo duas uniões de facto. Com o conhecimento de ambas. Imagino que, no seu íntimo, nenhuma delas acredite que eu preste assistência que se veja a cada uma das casas mas tenho duas, já cá cantam E já estou até a pensar numa terceira, a pensar em passar da bigamia para poligamia alegre, feliz, legítima, moderna, quanto mais não seja para me antecipar às causas fracturantes que a esquerda costuma inventar por não ter mais nada que fazer ou defender. Se a violação dos deveres do casamento não interessa, para quê limitar a coisa? Viva a poligamia!
Estranharão alguns, mais atentos, ver o meu nome no nem tanto ao mar. A justificação é simples: limito-me a aproveitar as novas regras que a esquerda gentilmente me oferece. Eu explico.
Uma vez que até a violação dos deveres do casamento é livre, na era sócrato-bloquista, de muito pouco valem os deveres de fidelidade, coabitação, cooperação, assistência, etc.. Se o que importa são apenas os afectos, se o que vale são só os afectos e o resto não interessa então que de afectos se trate.
Assim, e dado que a lei o permite ou incentiva em situações bem mais importantes, faço funcionar na blogosfera a teoria dos afectos no casamento.
Tenho imensos e enormes afectos pela tripulação do Mar Salgado. Antigos, de 25, 30 anos, num dos casos de 35. Históricos mas sempre muito actuais. Formamos um daqueles casais de velhos (de 'idosos', para os leitores mais novos perceberem o que escrevo) que conseguem passar o dia juntos, sem dizer palavra, sabendo perfeitamente cada um o que o outro está a pensar. Sobre cada assunto, sobre cada tema, cada um de nós sabe exactamente (e por antecipação) aquilo que o outro vai escrever. Se os nossos textos não estivessem assinados, cada um de nós conheceria na perfeição a autoria do escrito. Afectos históricos, antigos, actuais e deliciosos.
Mas fizeram-me olhinhos e eu perco-me por carinhos. Afectos mais recentes (um nem tanto, diria antes que repescado), mas daqueles a quem muito dificilmente se diz não, fizeram-me a corte. E dado que, actualmente, nem no casamento a violação daqueles deveres de fidelidade e assistência tem algum interesse ou importância; e uma vez que no Mar Salgado, tripulação de liberais independentes, o casamento nem é bem de papel passado mas antes uma união de facto, coloquei-me, e a eles, muito modernamente, a questão da facadinha, da traição, da infidelidade permanente. Poderia eu assumir dois casamentos? Duas uniões de facto, que fosse? Ter duas casas? Pertencer a ambas? Coabitando ambas? Cooperando com ambas? Com conhecimento e consentimento de ambas? - Claro que sim, responderam todos. O que importa agora são os afectos. É tudo muito moderno, somos todos amigos, conjugação de afectos.
E assim tornei-me alegremente, com o conhecimento e apoio das duas famílias, um bígamo. Tenho duas casas, assumo duas uniões de facto. Com o conhecimento de ambas. Imagino que, no seu íntimo, nenhuma delas acredite que eu preste assistência que se veja a cada uma das casas mas tenho duas, já cá cantam E já estou até a pensar numa terceira, a pensar em passar da bigamia para poligamia alegre, feliz, legítima, moderna, quanto mais não seja para me antecipar às causas fracturantes que a esquerda costuma inventar por não ter mais nada que fazer ou defender. Se a violação dos deveres do casamento não interessa, para quê limitar a coisa? Viva a poligamia!
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3 comentários:
E o swing, também podemos fazer? Vá lá...
Para isso, Rui, nem o tripulante nem a malta do Mar Salgado está preparada. Lamento. Tenta, talvez, uma veia jugular. ;-)
É uma borga! Mas há quem diga q se consegue gostar de mais de uma pessoa ao mesmo tempo... Assim se repente só vejo a Elsa Raposo a conseguir fazer coisa parecida!
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