terça-feira, 4 de novembro de 2008
até 2013
Para além da evidente responsabilidade dos ex-gestores do BPN - assunto para os Tribunais e a polícia tratarem -, o que mais me preocupa é a completa ineficiência do supervisor. Até ao passado fim-de-semana, eu estava plenamente convencido de que o papel do supervisor era evitar que um Banco fizesse diatribes tais que o pudessem levar a uma situação de quase falência e, consequentemente, conduzissem à sua nacionalização. Vêm agora o Banco de Portugal e o Governo tentar convencer de que fizeram tudo o que podiam. Que até levantaram autos de contra-ordenação e tudo. Só podem estar a brincar. Se assim fosse, haveria razões mais do que suficientes para o pânico se instalar, pois, pelos vistos, situação idêntica pode neste momento estar a acontecer com outros bancos. Com efeito, o BP instaurou contra-ordenações a outras instituições bancárias. Num país normal, o governador do BP seria imediatamente demitido, pois foi a sua incompetência que tornou possível a actual situação. Como o país não é normal e para o ano há eleições, dá mais jeito (ab)usar (d)o caso, de forma a fazer da contenda um confronto entre o capitalismo selvagem e o socialismo (aka capitalismo de estado, como li em algum sítio). Há que assegurar a maioria absoluta e a verdade é que muitos já se esqueceram de que quando o estado nacionaliza somos todos a pagar. Em 2013 há mais.
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