segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Pluralismo democrata
A propósito do que se passa aqui, ocorre-me dizer que, no mundo actual, se conjugam simbioticamente as palavras democracia, pluralismo e relativismo. Para se ser democrata tem de se ser pluralista, aceitando tudo e o seu contrário, num relativismo que mais não significa do que a imposição silente da perspectiva dominante, posto, em coerência, não permitir aquele mais do que soluções vazias de conteúdo, por ser qualquer opção entre alternativas específica afirmação de um reducionismo não plural. Donde, o pluralismo é, afinal, expressão de uma axiologia desvaliosa e sobretudo de uma domesticação do pensamento imposta por quem nos faz crer que aqueles que não pensam como nós são inimigos ou, eufemisticamente, pouco recomendáveis.
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